Logo menos, veio o convite para entrar no casting de uma agência de modelos em São Paulo, para a minha imensa surpresa, já que eu tinha certeza de que era uma anciã para começar na carreira de modelo aos 23 anos.

A verdade, é que isso pouco importava, o que eu queria mesmo era sair pelo mundo numa aventura em busca do sonho perdido. E saí… Meio escondida, prometendo voltar, suficientemente corajosa, um pouco louca como sempre fui e achando que aquela seria a única oportunidade de toda a minha vida, afinal, se jovem sempre acha que é tudo ou nada, imagina eu? O drama em pessoa.

Mãe, NUNCA MAIS eu vou ter um oportunidade dessas. E nem deve dar certo. Eu já tenho 23 anos. Estou MUITO velha.

Continuo superlativa até hoje. Porém, cada dia mais jovem.

Enfim, apesar da minha vaidade curtir bastante essa onda, modelar não era o plano, mas era a porta que se abria e eu estava decidida a passar por ela. E passei, fui convidada a entrar na agência, liguei para minha mãe e disse que não voltaria.

De fato, nunca mais voltei…

Todo o início foi uma mistura de novidade, medo e euforia. Passei muito aperto financeiro, sofri assédio, fui abandonada por um namorado, chorava de saudade da minha mãe, passei uns perrengues sem plano de saúde, não conseguia estudar teatro porque a grana era curtíssima, mal pagava o aluguel para dormir num sofá da sala de um flat que dividia com amigas, até que consegui fazer um curso intensivo de teatro amador.

Depois dele ganhei uma bolsa no curso profissionalizante de artes dramáticas da escola Globe-sp e a vida de atriz começou.

De lá pra cá já se passou mais de uma década. Mais de uma década de muita insistência. Mais de uma década reafirmando todos os dias que a atuação é o grande amor da minha vida, mesmo nos momentos mais desesperadores em que a gente acha que nada vai dar certo, artistas passam por isso muitas vezes na vida. Mais de uma década de conquistas e muitos nãos. Mais de uma década de choros de alegria, mas também de tristeza. Quem escolhe seguir nessa profissão entende rápido que resiliência é O pré-requisito.

De lá pra cá, descobri que o grande barato da minha profissão é que ela não tem fim. Posso fazer papéis com 10, 20, 30, 50, 70, 90 anos. Descobri que atuar não é apenas subir no palco e convencer os outros com o meu show, como eu achava, mas tocar corações, deslocar as pessoas, fazê-las repensar a vida, fazê-las viver através de mim, levar o riso, o choro, a dor, a fantasia, o tesão, a tragédia, a catarse. Escutar no final de uma apresentação: eu saí do espetáculo com vontade de ligar para o meu pai com quem eu tô brigada, ou só agora eu entendi isso, ou poxa, a humanidade que você colocou nessa personagem me fez olhar pra esse tipo de pessoa com outros olhos, ou eu ri tanto que até esqueci meus problemas, ou tantas outras coisas lindas que ouvi.

Um dos meus primeiros books em Sp

O primeiro Book já como atriz

Logo menos, veio o convite para entrar no casting de uma agência de modelos em São Paulo, para a minha imensa surpresa, já que eu tinha certeza de que era uma anciã para começar na carreira de modelo aos 23 anos.

A verdade, é que isso pouco importava, o que eu queria mesmo era sair pelo mundo numa aventura em busca do sonho perdido. E saí… Meio escondida, prometendo voltar, suficientemente corajosa, um pouco louca como sempre fui e achando que aquela seria a única oportunidade de toda a minha vida, afinal, se jovem sempre acha que é tudo ou nada, imagina eu? O drama em pessoa.

Mãe, NUNCA MAIS eu vou ter um oportunidade dessas. E nem deve dar certo. Eu já tenho 23 anos. Estou MUITO velha.

Continuo superlativa até hoje. Porém, cada dia mais jovem.

Enfim, apesar da minha vaidade curtir bastante essa onda, modelar não era o plano, mas era a porta que se abria e eu estava decidida a passar por ela. E passei, fui convidada a entrar na agência, liguei para minha mãe e disse que não voltaria.

De fato, nunca mais voltei…

Todo o início foi uma mistura de novidade, medo e euforia. Passei muito aperto financeiro, sofri assédio, fui abandonada por um namorado, chorava de saudade da minha mãe, passei uns perrengues sem plano de saúde, não conseguia estudar teatro porque a grana era curtíssima, mal pagava o aluguel para dormir num sofá da sala de um flat que dividia com amigas, até que consegui fazer um curso intensivo de teatro amador.

Depois dele ganhei uma bolsa no curso profissionalizante de artes dramáticas da escola Globe-sp e a vida de atriz começou.

De lá pra cá já se passou mais de uma década. Mais de uma década de muita insistência. Mais de uma década reafirmando todos os dias que a atuação é o grande amor da minha vida, mesmo nos momentos mais desesperadores em que a gente acha que nada vai dar certo, artistas passam por isso muitas vezes na vida. Mais de uma década de conquistas e muitos nãos. Mais de uma década de choros de alegria, mas também de tristeza. Quem escolhe seguir nessa profissão entende rápido que resiliência é O pré-requisito.

De lá pra cá, descobri que o grande barato da minha profissão é que ela não tem fim. Posso fazer papéis com 10, 20, 30, 50, 70, 90 anos. Descobri que atuar não é apenas subir no palco e convencer os outros com o meu show, como eu achava, mas tocar corações, deslocar as pessoas, fazê-las repensar a vida, fazê-las viver através de mim, levar o riso, o choro, a dor, a fantasia, o tesão, a tragédia, a catarse. Escutar no final de uma apresentação: eu saí do espetáculo com vontade de ligar para o meu pai com quem eu tô brigada, ou só agora eu entendi isso, ou poxa, a humanidade que você colocou nessa personagem me fez olhar pra esse tipo de pessoa com outros olhos, ou eu ri tanto que até esqueci meus problemas, ou tantas outras coisas lindas que ouvi.
O PRIMEIRO BOOK JÁ FORMADA (2010)
UM DOS MEUS primeiros BOOKS EM SP (2007)

ACREDITO NO PODER DA ARTE. ACREDITE NOS SEUS SONHOS!
A ARTE TRANSFORMA O MUNDO.

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